sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

AMANDA CAROLINE


“Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos”. Salmos 116:15

*11/11/1991 +19/06/2005

Embora tenhamos esta certeza é sempre difícil lidar com o fato.
Como superar a dor de perder alguém que se ama muito? Como superar a realidade de saber que durante o resto dos dias que vivermos na terra não veremos aquela pessoa perto de nós? Bem, é algo difícil de entender, mas para Deus nada é impossível.
A dor da perda de um ante querido sempre é acompanhado de muita dor e sofrimento, as vezes nem o tempo consegue amenizar a falta que a pessoa faz entre aqueles que o amavam. A dor pode ser ainda maior quando tal fato acontece através de tragédias. Procuramos de alguma forma amenizar a dor buscando subterfúgios, desculpas, tais como: “Se eu estivesse lá, talvez pudesse ter evitado”, “Se ele tivesse mudado o caminho, talvez não tivesse acontecido isso!, “Se tivesse ouvido o meu conselho!”, “Se tivesse procurado o médico mais cedo” e coisas assim.
Já perdi grandes amigos: Renê, Jeferson, Lucineide, Socorro e outros amigos de infância que me fazem muita falta; já perdi pastores: Almir Dias, Rildo Tavares, Leon Reese e outros que deixaram uma lacuna que jamais serão preenchidos. Porém, uma perda que faz muita falta e a toda a minha família, talvez por ser parte da família, tem uma dor maior: A morte da minha sobrinha Amanda Caroline, em 2005, vitima de afogamento em um balneário em Manaus com apenas 14 anos de idade.
Eu estava em Boa Vista quando recebi a noticia, já tinha passado por outras noticias tristes, mas essa doeu muito. Veio um desespero tão grande e um choro compulsivo. O choro das minhas 3 filhas, suas primas, especialmente a Emilly de apenas 5 anos de idade. A notícia chegou com força de tragédia, acompanhada de muitas indagações: porquê a Amanda? para quê, como pode acontecer?
Naquela noite, enquanto viajava a Manaus para participar com muita dor do enterro dela, ficava imaginando o que a minha irmã estava passando junto com o meu pai e meus demais familiares. Ficava imaginando a dor que a Elienai estava passando, a Amanda foi sua primeira filha e nesse momento me perguntava como se mede a dor de uma mãe? Não se mede. É algo que fere, arranha, difícil de entender, de aceitar. Vai contra a lógica de que “os filhos enterrarão seus pais”. A força que se encontra nessas horas é divina. Não há outra.
Sei que as lembranças da Amanda nos trazem tristezas. Há uma ausência morando na casa dos meus pais. Há uma ausência morando no meu coração que cobre de cinzas os espelhos, as vezes sonho como ela seria hoje. Que belos projetos de vida ela tinha.
Ainda me lembro da sua pele branquinha e do carinho especial que meu pai, minhas irmãs, especialmente da minha irmã Eunice, que sempre cuidou dela com imenso carinho!! As vezes ainda sonho muito e o cansaço também me abate, vivo longe, afasto-me de mim, incapaz de olhar o sonho que se desfez. Já andei algumas manhãs, as vezes em lágrimas, o sol queima meus olhos e desfaz toda cor. (Que cor terá a saudade?) Voltei à eterna noite e às lembranças daquela data fatídica, dardos inesperados a sangrar, a sangrar...
Desta tão grande noite, fogem até as felicidades fáceis e me abandonam as palavras, uma a uma, seguindo o caminho de quem nos deixou.
Tenho saudades da Amanda, do seu sorriso inocente, do seu gesto de carinho quando me via: “Tio!!! (era a exclamação dela seguida de um apertado abraço).
Ah! Amanda, você foi tão especial, como podemos esquecer quão emocionante e feliz foi estar ao seu lado! Viveste pouco tempo conosco, ainda me lembro e creio que você contava os minutos para passar suas férias aqui em Boa Vista, era o que você falava quando conversamos pela última vez, (Fico te devendo essa, mas quem é Boa Vista em comparação de estar na eternidade com Deus? Fico feliz por Deus ter nos entregado você para cuidar por tão pouco tempo, mas você foi escolhida nesse mostruário que é a raça humana para ser a nossa sobrinha que alegrou nossas vidas!
Há uma música cantada por Elis Regina que diz:
na vida tudo é meio ermo; só a morte não tem meio termo.
Esse ponto de vista não se aplicava a Amanda que sempre foi de viver em uma doce transparência de alegria e inocencia. Ela estará "em falta" com todos nós, jamais ausente.
Drumond descreve esse meu sentimento com a minha sobrinha Amanda, que repasso aos leitores:
AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava ignorante a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres porque a ausência,
essa ausência assimilada, ninguém a rouba de mim.
(Carlos Drumond de Andrade)

Chorando de saudades, como toda a minha família,
Amanda, sentimos sua ausência!!!



segunda-feira, 14 de julho de 2008

CRIANÇAS SÃO BENÇÃOS DE DEUS


“E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrarão no Reino dos céus”. (Mateus 18:3)

Ser pai é um privilégio impar, mais emocionante ainda é ser pai de três garotas, confesso que tenho aprendido muito com elas nos momentos em que estamos juntos. Tenho agradecido a Deus pelo que elas são e se tornarão um dia: o que Deus planejou para elas. Que eu possa ser um pai digno de tais filhas.
Ouvimos dizer que “crianças são uma benção”, como isso é verdade!
Jesus viu as crianças como bênçãos, quando ele falou os versos descritos acima.
Admito que jamais imaginei ser pai de três meninas, mas posso dizer honestamente que é uma experiência maravilhosa. Agradeço a Deus todos os dias por esta oportunidade. Sou pai da Camila (12 anos), Emilly (8 anos) e, Evellyn (6 anos). A Camila já é uma adolescente e como tem crescido e me deixado orgulhoso com as suas atitudes e o compromisso de servir a Deus!
Apesar do meu dia-a-dia corrido, as vezes sempre encontro um tempinho para sairmos juntos e nos divertirmos e, tenho aprendido muito com elas.
Amo muito minhas filhas. Elas são presentes do Senhor. Elas trazem luz, felicidade e amor à minha vida. Mas mesmo assim, parece que com freqüência falho com elas. Muitas vezes, a raiva tem a última palavra, e muitas vezes as minhas prioridades, e não as delas, vem em primeiro lugar.
Todos os dias as entrego à Deus e peço que me ajude a amá-las como merecem, e a crescer como pai assim como elas crescem como mulheres, que me dê paciência e força para trilhar essa longa e difícil jornada. Que Deus sempre esteja na minha felicidade quando elas riem e me ajude a aproveitar e a amar cada minuto que eu passo com elas.
Eu desejo ser o pai que o Senhor me criou para ser. Eu desejo ser um pai para elas como o Senhor o é – com compaixão, graça e perdão. Obrigado Senhor, pelos presentes que são as minhas filhas. “Eu sempre as amarei e as guiarei até o Senhor”.
Mas o que torna tão especial as crianças, especialmente as minhas filhas, é que elas podem me ajudar a aprofundar a minha comunhão com Deus. Ser uma pessoa espiritual tem a ver com as questões da vida e da compreensão da importância de se colocar Deus em primeiro lugar.
Tal como filhas maduras, elas se tornam curiosas e começam a fazer perguntas.
Quantas vezes, nós adultos, temos esquecido de fazer perguntas a nós mesmos durante muitos anos?
As minhas filhas não têm recursos financeiros, a não ser o que tenho provido com meu trabalho em prol delas, não tem poder político, talvez por isso, quando interajo com elas, aprendo lições de humildade. Elas me fazem lembrar de nossos parentesco com outros seres humanos, da importância da vida de outras pessoas. Elas me exigem inconscientemente, para eu me relacionar com os mais vulneráveis. Aliás, elas são verdadeiramente vulneráveis.
Quando me deixo ouvir e escutar os questionamentos delas, estou aprendendo, estou praticando os princípios da fé cristã, porque com elas aprendo a ser mais humano. Quando converso com elas, sou incitado a viver mais, a conhecer mais e poder transmitir a elas todo a minha experiência, mas como é bom saber que em vez de eu ensinar a elas, eu é que tenho aprendido com elas.
Crianças são benção de Deus! Como é bom saber disso. O mais importante, creio eu, foi Deus colocar elas as crianças nessa terra, exatamente para ensinar os adultos sobre o reino dos céus. Jesus disse que as crianças e o Reino dos céus têm uma ligação peculiar. As crianças nascem sem a intenção de prejudicar ninguém, elas não fazem pré-julgamentos, não são cínicas e não tratam as pessoas com discriminação.
Creio que o Reino dos céus será um lugar onde todos os seres humanos serão amados e abundara eternamente um belo e inocente espírito de humildade.
Então da próxima que você conversar com o seu filho ou filha, uma criança ou adolescente, lembre-se que estamos falando com alguém, que não só irá ajudá-lo a se tornar um cristão melhor, mas vai lhe dar uma idéia de como será o Reino dos céus.

Querendo mais de Deus,


Edmundo Ferreira

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O CÉU GANHOU E NÓS PERDEMOS



(IN MEMORIAN – PASTOR RILDO TAVARES)


“Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos”. Salmos 116:15

No mês de Maio de 2008 completou-se 4 anos do falecimento do Pastor Rildo Tavares. Ele foi um homem notável, um discípulo comprometido com Cristo, um esposo dedicado, um pai coruja, um amigo de todas as horas, um homem carismático, alguém com o chamado para fazer missões, que por muitas vezes trabalhamos juntos fazendo a obra de Deus pelas periferias de Manaus, e pelo interior da Amazônia, e que tinha um grande amor pelas almas. Porém Deus o levou com apenas 36 anos de idade, já exercendo o cargo Superintendente Estadual do Ministério em Roraima.
Conheci o pastor Rildo quando o mesmo chegou ao Ministério da Igreja Congregacional em Manaus e foi apresentado à Comissão Judiciária Estadual para ser analisado o seu ingresso no Ministério.
Quando foi aceito após ser “sabatinado” pelos membros da CJE, sentimos que estava entrando em nossas fileiras um grande homem de Deus. Quando cheguei em Boa Vista, fui recebido por ele com uma alegria imensa estampada no seu rosto. Estávamos afastados um do outro já a alguns anos, já que ele havia assumido a Superintendência da ICP no estado de Roraima e nos víamos apenas em Congressos ou em Convenções do Ministério. Lutou bravamente contra um tipo raro de câncer que surgiu repentinamente e o levou fulminantemente em poucos meses, mesmo após o tratamento no Hospital do Câncer em Manaus. Com o seu falecimento, também foi uma parte de mim. Fiquei triste com a perda, mas consolado em saber que ele partiu para estar com Jesus, onde receberá um corpo glorificado e estará num lugar sem dor e sem enfermidades.

Ele lutou bravamente contra a doença, que acabou ceifando sua vida. Porém teve a alegria de ver que o Ministério em Roraima cresceu sob a sua administração e teve sua esposa Pastora Neide Tavares sempre ao seu lado, cumprindo com louvor seu compromisso de estar ao lado dele na saúde e na doença.
Ele deixou saudades entre sua família e amigos de ministério. Mas também deixou maravilhosas lembranças, que nunca se apagarão de nossas mentes.
Essa é uma singela lembrança à memória de um amigo que partiu, bem como um modesto gesto de carinho de seu irmão e amigo.

ÁRBITRO DE FUTEBOL PROFISISONAL (EVANGÉLICO)





É possível conciliar as coisas de Deus com o seu lazer?“ Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir. Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar. Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar. Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.” (Eclesiastes 3:2-8 NTLH)



Sempre que leio esse trecho de Eclesiastes me vem à mente a minha fase de adolescente e jovem. Sou um homem que aprendi, depois de desperdiçar muitas, a aproveitar as oportunidades que fossem úteis ao meu crescimento material, social e espiritual. Confesso que desperdicei muitas chances. Sou Árbitro de Futebol Profissional, filiado à FAF – Federação Amazonense de Futebol. As pessoas falam que todo árbitro de futebol foi um jogador fracassado, mas não concordo com isso porque alguns árbitros amigos meus somente sabem que a bola é redonda porque aprenderam na escola de arbitragem, mas nunca jogaram nem ao menos uma “peladinha” nos campos de várzea. Comigo talvez tenha acontecido isso, porque eu sempre quis ser jogador de futebol, mas peladeiro da região Norte não tem que ser apenas craque, precisa ter a oportunidade de ser visto por empresários de clubes do sul do país. Poucos tiveram essa oportunidade na minha época, apesar de haverem muitos garotos bons de bola.
Sempre fui envolvido com as coisas de Deus no Ministério da Igreja Congregacional Pentecostal, em Manaus, desde a minha consagração à “Obreiro de Missões” em 1984 com 18 anos de idade. Até hoje fico me perguntando como pude fazer outras coisas paralelas ao mesmo tempo em que me dedicava à obra do Senhor. Fiz Artes Plásticas, Eletrotécnica, Contabilidade, Desenho, Seminário. Vários cursos de aperfeiçoamento em Tributos e Finanças. Trabalhei no Departamento Financeiro da Cia. Siderúrgica da Amazônia e em outras empresas, sempre envolvido com trabalhos que necessitavam de um aperfeiçoamento constante através de cursos e palestras. Mas nada disso me impedia de viajar constantemente pelo interior da Amazônia fazendo a obra do Senhor, sempre contando com a boa vontade de meus patrões em me liberar. Depois de um ano como “Obreiro de Missões”, fui consagrado à “Pregador Licenciado” e na Convenção Nacional da Igreja em 1986 fui eleito para exercer o cargo de Secretário Estadual. Paralelo a isso, decidi fazer o curso para Árbitro de Futebol, já que sempre estava envolvido com atividades físicas. Decidi não somente fazer o curso, mas ser o melhor árbitro do Amazonas e conseqüentemente poder chegar a CBF, tendo sido indicado nos anos de 2001, 2002 e 2003.
Você pode estar se questionando: O quê levou um camarada desse a ser pastor? Como um camarada pode conciliar ser árbitro de futebol e pastor? Quanto tempo ele desperdiçou com coisas não espirituais!
Veja bem, Deus não é um velho rabugento que está sempre castigando seus filhos quando não estão na igreja. Ele sabe das nossas necessidades básicas e entre essas necessidades está a nossa saúde, o nosso momento de lazer. Você precisa criar relacionamentos, fazer amizades, fazer exercícios físicos, em fim, se possível, praticar um esporte. Aproveite o tempo e faça aquilo que você sempre sonhou sem desviar dos sonhos de Deus pra sua vida.
Busque um equilíbrio em tudo o que você fizer nesse mundo, porque o equilíbrio nos faz experimentar todas as dimensões, todas as facetas, todas as alegrias que vida nos proporciona. Equilibrar é balancear, compensar, manter-se firme na posição central.
Quando tudo que uma pessoa faz é trabalhar, trabalhar e trabalhar, ela geralmente não tem relacionamentos saudáveis, vive em desequilíbrio. Quando uma pessoa só pensa em se divertir, ela não constrói nada, vive em desequilíbrio. O segredo de ser uma pessoa realizada nesse mundo é justamente viver em equilíbrio, porque o equilíbrio é viver intensamente, um pouco de tudo, de tudo um pouco. Mas nesse de “tudo um pouco” não consta nada que venha contra os preceitos bíblicos.
Mas se alguém quiser viver em equilíbrio não pode esquecer de olhar para as necessidades espirituais, não pode esquecer de considerar DEUS em sua vida. Se você perguntar a um biólogo, quais são as essências da vida, ele dirá: ar, água, alimento e luz. Se perguntar a um economista ele dirá: invista o seu dinheiro com o maior retorno e com o menor risco. Se perguntar a um parlamentar, dirá que a liberdade e a democracia são as essências da vida.
Mas acontece que a vida de um ser humano não é só comida, bebida, riquezas e bens. Você é uma criatura feita à imagem e semelhança de DEUS, por isso tem necessidades muito especiais. Uma dessas necessidades é a comunhão com DEUS para a sua nutrição espiritual e emocional. Não há equilíbrio sem um relacionamento significativo com DEUS.
A minha vida como árbitro de Futebol profissional, em nada abalou o meu relacionamento com Deus, mas chegou o momento em que não deu mais pra conciliar as duas coisas e pedi licença da Federação Amazonense de Futebol e fui fazer a obra de Deus, porque a minha maior necessidade não era ser árbitro, mas ser um servo obediente, fiel e ter comunhão com o meu Deus. Sei que o meu relacionamento com o esporte me deu também a oportunidade de evangelizar meus companheiros, porque nas minhas viagens que geralmente requer um trio de árbitro, sempre ficávamos juntos no mesmo hotel e eram essas oportunidades que eu tinha de falar do amor de Deus.
Agradeço ao meu Deus pelas excelentes oportunidades que me deu de fazer muitas coisas que eu sempre sonhei.
Aja também e não desperdice o tempo que Deus está te dando.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008


CRISTO, O ÚNICO SALVADOR

O que é preciso para ser salvador?

A distância de Manaus muitas das vezes me deixa com um pouco de nostalgia, como não posso retornar para lá no momento tendo em vista meus compromissos aqui em Boa Vista, então todos os dias pela manhã acesso o site do jornal “A Crítica” de Manaus.
A semana passada encontrei uma matéria sobre um casal de namorados que morreram afogados nas águas do Tarumã-açu, um lago próximo de Manaus. Um rapaz de 15 anos de idade e uma jovem de 18 anos que estavam de férias e foram passar o final de semana no sítio dos pais do rapaz. A reportagem noticiou que provavelmente os dois estavam passeando de canoa pelo lago quando por algum motivo a moça caiu na água, como ela não sabia nadar e eles não estavam com coletes salva-vidas, logicamente o desespero tomou conta da moça. O jovem também não sabia nadar, mas no desespero de salvar a sua namorada, não hesitou em pular nas águas escuras do lago Tarumã-açu. Como eles não retornaram ao sítio no horário previsto, o pai do jovem foi atrás e encontrou os corpos próximo um do outro, e a canoa a uns 5 metros de distância dos dois.
Se você está se afogando, precisa de alguém que satisfaça duas exigências: Primeiro, a pessoa precisa querer salva-lo, mas isso em sí não é suficiente; segundo, a pessoa deve ter a capacidade de salvá-lo. Você não será trazido de volta à canoa e conseqüentemente à praia com sucesso por alguém que está afundando. Somente alguém que domine a água, alguém que tenha controle do seu ambiente, pode tornar-se salvador. Um salvador não pode ser alguém que precise ser salvo!
A Bíblia ensina e nossa experiência confirma que somos pecadores, e, na qualidade de raça, separados de Deus. Nossos próprios esforços em nos transformar a nós mesmos podem melhorar nosso estilo de vida ou mesmo nossas atitudes, mas fundamentalmente permanecemos inalterados. Nossa maior necessidade é ser perdoados, reconciliados com Deus e salvos da tirania presente e conseqüências futuras de nosso pecado. Para isso, precisamos de um Salvador.
Neste ponto o Cristianismo e todas as outras religiões se separam. Toda religião tem seus profetas, seus mestres ou gurus que nos dizem como podemos melhorar a nós mesmos, como podemos nos tornar nosso próprio salvador de tipo duvidoso. Na prática, dizem-nos que estamos nos afogando, mas eles nos ajudarão a tornar mais confortável nossa descida ao fundo do oceano. Ou talvez afirmem que nos darão aulas de natação. Mas só um Salvador – Um Salvador qualificado – pode nos alcançar e nos arrebatar do poder das correntes submarinas.
Me perdoem os adeptos e seguidores de outras religiões, mas somente Cristo e, só Ele reivindica que tem o poder de nos alcançar com mão poderosa. Ele não vocifera ordens dizendo que se nadarmos com mais afinco poderemos viver alguns minutos a mais. Ele não nos oferece uma mão vacilante dizendo: “Sou um companheiro de lutas como você, vamos nos dar as mãos e ir juntos ao fundo do poço”. Nem nos indica a direção da praia e deixa o resto conosco. Ele sabe, mesmo que não saibamos que nosso apuro é sério, que nossa tentativa de corrigir nosso relacionamento com Deus é impossível. O propósito da vinda de Cristo foi declarado antes do seu nascimento, quando o anjo disse a José: “E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21). Ele mesmo fez sua descrição de cargo anos mais tarde “O Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19:10).
Claro que sempre houve aqueles que quiseram despojá-lo de suas qualificações. Os estudiosos liberais e os gurus da mídia freqüentemente insistem que Cristo está se afogando, da mesma maneira que nós. Quando Martin Scorsese dirigiu o filme “A Última Tentação de Cristo”, disse: “Tentei criar um Jesus que, de certo modo, é como qualquer sujeito da rua”. Quando terminou ele tinha um Cristo que nem mesmo era profeta, muito menos Salvador. Este Cristo nem mesmo era merecedor de respeito, muito menos de adoração.
Quando olho para mim mesmo, quando me conscientizo da minha pecaminosidade e da santidade de Deus, preciso de algo mais que outro “sujeito da rua” que é tão pecador como eu. Não preciso de aulas de natação, preciso de alguém que me pegue, me limpe e me leve a Deus!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

CRISTO CONTRA O PANO DE FUNDO DE OUTRAS RELIGIÕES

Parte I

Nos dias atuais, em que o interesse por Jesus está crescendo de uma forma mais visível e aberta, não tem sido mais segredo que as religiões do mundo estão crescendo de uma forma assustadora. Diariamente são fundados ministérios por esse Brasil afora, alguns com bases bíblicas e outros sem nenhum respaldo para tal.
Nunca me manifestei em público em artigo com tamanho peso, mas venho com uma convicção crescente, que à medida que marchamos para a apoteose final da volta de Cristo, torna-se absolutamente essencial que nós, como servos de Deus, tenhamos Cristo não apenas em nossos corações, mas também em nossas cabeças. Precisamos nos dispor a convidar os outros a investigar as declarações de Cristo sem embaraço ou medo de que as evidências da nossa fé se evaporem. Precisamos de respostas para nós e para os outros.
Já ouvi dizer que pessoas que não tem ouvidos para música, ao ouvir vários sons de sinfonias terminam dizendo que todos tem o mesmo som, porém, os amantes de Bach, Handel, Beethoven e Brahms sabem que são diferentes. Da mesma maneira, aqueles que precisam de discernimento espiritual ou conhecimento factual, ou de ambos, dizem-nos que as religiões do mundo são todas as mesmas coisas, e que uma é tão boa quanto à outra, de forma que não importa a que religião você pertença. Contudo, eles também estão completamente enganados, como os cristãos claramente percebem.
A imagem de Jesus Cristo, como é narrada na história do Evangelho e colocada no restante do Novo Testamento, é sem paralelo. Um homem como Ele, que agiu a semelhança de Deus feito carne; que falou de sí mesmo como o Filho de Deus; que identificou-se como futuro Juiz do mundo e árbitro do destino de toda criatura; que depois de ser crucificado, ressuscitou dos mortos, deixando o sepulcro vazio e as mortalhas de lado, e reuniu-se outra vez com os discípulos; que tendo entrado no mundo por concepção e nascimento milagroso e realizado aqui um ministério de milagres, indo ao ponto de ressuscitar mortos, foi visto deixando este mundo numa ascensão milagrosa; e cujos discípulos, que incluem eu e você, por mais de dois mil anos, tem estado certos de Ele realmente participa das nossas vidas, na proporção que nós experimentamos a vida dEle; nenhum outro líder religioso e nenhuma outra experiência religiosa jamais se tornaram remotamente como esta! Como fé fundamentada em fatos sobrenaturais e como relação única e transformadora de vida com seu singular fundador do Divino, o cristianismo é verdadeiramente uma religião sem igual. Este fato está além de disputa.
Hoje em dia, a incomparável glória de Cristo e seu ministério em favor dos que confiam nEle, têm de ser ressaltada constantemente, pois este nosso mundo repleto de religiões está atravessando um mal pedaço por não saber distinguir as diferenças que as coisas possuem.